Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração está no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. "Não roubarás!". "Devolva o lápis do coleguinha". "Esse apontador não é seu, minha filha". Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem! Dirão: "Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!". E eu vou dizer: "Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos". Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.Dirão: "É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!". E eu direi: "Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!". Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!
Só de sacanagem - Elisa Lucinda
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Momma, someday you'll be so proud of me. You'll see me hanging in the New York Gallery. Someday I'm gonna draw from the left side of my brain. People are gonna ask, "Is it brilliant or plain?" But as long as I don't know how to hang a Warhol. I keep sketching birds, that are all like herds. Very simple and true, like, you know, when we do and if you like them, yeah. But if you don't, stop there. 'Cause I really don't care. I said: "Papa someday I'm gonna write a symphony 48-piece band all dressed up like me". I said: "I'll write someday the satyrs of old songs. I'm gonna chill the marrow in their bones". But as long as I can't get into Carnegie Hall. I keep writing songs that are all my own. Very simple and dumb, like I always have done. If you like them, yeah. But if you don't, too bad. 'Cause it's all I have.
Little Joy - How to hang a Warhol
Little Joy - How to hang a Warhol
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Conheci tios e primos que eu nem sabia da existência. Reencontrei primos que fazia tempo que eu não via. Joguei. Brinquei. Ri. Percebi que antigas mágoas já haviam sido deixadas para trás. Vi que os meninos e eu temos gostos musicais em comum. Chorei quando ouvi minha tia, uma senhora já, agradecendo e se emocionando ao ver todos reunidos em um único lugar. A distância realmente não importava, gente de Brasília, São José dos Campos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná... O fato de todo mundo estar em perfeita sintonia, lembrando o passado e planejando o futuro foi maravilhoso. Foi perfeito e eu percebi: a importância da família.
Assinar:
Postagens (Atom)